Karaka, véi! Passei o maior sufoco outro dia.
Meu humano falava ao telefone e não dava bola pra mim. Andei na barriga dele, gritei, biquei o telefone, dei um apertão daqueles no dedo dele, e nada!
Vai daí, fui pegar um dos meus brinquedos pra mostrar pra ele. Aquele brilhante de vidro, com argola de metal.
Não é que apertei forte demais e argola abriu e prendeu no meu bico? Aquilo parecia um anzol e fiquei com a pedra dependurada na boca.
Dei um pio desesperado. Meu humano finalmente largou o telefone e veio me acudir. Daí, até ele pegar os óculos pra perto, acender a luz do meu abajur e me tirar do sufoco foi um tempão.
Ufa! Consegui a atenção que queria, mas a que custo. Minha adrenalina foi lá em cima, depois fiquei meio mole, cansado. Em compensação ganhei atenção especial o resto do dia e um monte de cafuné. Unhé! Unhé!
Agora que to mais manso, meu humano diz que to ficando domado. Parece que ele ainda não ta en-ten-den-do quem ta domando quem. Kikiki!
To ficando com hábitos noturnos, pois só quero dormir quando meu humano também vai. Ontem fui pra cama quase à meia-noite. Hoje, só consegui sair do ninho depois das oito e meia. Eita vidão! Comer, beber, cagar e dormir!
Ah! Ontem de manhã, ao levantar, subi na barriga do meu humano. Ele tava sem camisa e experimentou um cagadão matinal quentinho no umbigo. Kakaka! Ele levantou tão rápido que eu até caí na cama e foi ao banheiro se limpar. Ao voltar, veio dizendo que ia fazer a mesma coisa comigo. Ta loco, meu! Já pensou?
Na hora fiquei tremendo, depois fiquei tranqüilo, ele não fez nada...Acho que lembrou que eu não tenho umbigo. Kikiki!
Xau.
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